Monday, April 30, 2007

Cantigas de amor...com avelãs

O Casamento, para além do ritual religioso, tem também o seu ritual profano, como o lançamento de arroz, flores e de outras manisfestações folclóricas. Nalgumas localidades, recitavam-se versos, aos quais davam o nome de luas ou loas, aos noivos, onde está bem patente o conceiro de indissolubilidade do matrimónio.de Nespereira, Cinfães
As amigas dos noivos esperavam o cortejo nupcial à saida da igreja e diziam:
Façam alta, meus senhores,
Façam favor de esperar:
Queremos dar este ramo
A quem vem de se casar.
Depois, voltando-se para a noiva, continuavam:
Aqui tens este raminho
Feito da raiz dum cravo.
Que Nosso Senhor te dê
Um homem do teu agrado.
Aqui tens este raminho
De flores de avelaneira.
Ainda te hás-de lembrar
Da mocidade solteira.
O laço que te prendeu
Era de seda amarela.
Não o tornes a desdar,
Fica sempre presa nela.
O laço que te prendeu
Era de seda torcida.
Não o tornes a desdar,
Conserva-o toda a vida.
O laço que te prendeu
Era de seda bem forte.
Não o tornes a desdar,
Conserva-o atá á morte.

Textos retirados do livro: Literatura Popular de Trás os Montes e Alto Douro, IV Volume (Miscelânea) por Joaquim Alves Ferreira Ano: 1999

Bailemos nós já tôdas três, ai amiga,

So aquestas avelaneiras froildas

E quen fôn velidas, como nós, velidas,

Se amig'amarSo aquestas avelaneiras frolidas

Verrá bailar.
Baliemos nós já todas três, ai irmanas,

So aqueste ramo desta avelanas,

E quen bem parecer, como nós parecemos

Se amig'amar

So aqueste ramos destas avelanas

Verrá bailar.
Por Deus, ai amigas, mentr'al non fazemos

So aqueste ramo frolido bailemos

E quen bem parecer, como nós parecemos,

So aqueste ramo so lo que bailemos

Se amig'amar

Verrá bailar.


daqui

Tuesday, April 24, 2007

thinking blogger


Venho expressar um obrigada à
CORDOMAR
pela distinção dada a este blogue.
Quero agradecer também a todos que nos visitam que possibilitaram o facto.
Os meus destaques vão para
que poderão copiar o selo para colocar no seu blog e seleccionar 5 novos eleitos.

Wednesday, April 11, 2007

AMBOM e suas origens

AMBOM -Árvore das Indias Orientais (dicionário Lello Universal)
AMBONE (do grego AMBON) - Tribuna ou púlpito colocado nas igrejas primitivas para leituras litúrgicas e discursos . É a evolução do que era tradicionalmente usado nas sinagogas judias . Ainda é usado nas Igrejas Ortodoxas , durante cerimónias fúnebres ou serviços especiais.

De acordo com o mais antigo documento que se conhece – Cartolário Livro das Doações do Mosteiro de Salzedas da autoria de Frei Baltazar dos Reis – este lugar já era povoado no séc. XII pois o referido documento, que narra os bens que o Mosteiro possuía cita expressamente o lugar de Avelans. Da origem do nome não se conhecem documentos mas é voz corrente que Avelãs surgiu da abundância de aveleiras que em tempos houve neste lugar. Quanto ao nome Ambom recolhem-se na tradição oral três hipóteses: ou o nome se deve a um povoador medievo, ou resultou do termo “ano bom”, que segundo os defensores desta tese tem origem no facto de em tempos ter havido na região um mau ano agrícola a que Avelãs terá escapado, passando por esse motivo a ser distinguida como Avelãs do Ano Bom. Segundo uma terceira versão este nome provem de “ambão” (Ambone ou Ambon), termo que se relaciona com o facto de a aldeia estar edificada num local de destaque da referida Serra da Lomba. aqui
Curiosamente , encontra-se Ambon - uma comuna francesa na região administrativa da Bretanha, no departamento Morbihan. Estende-se por uma área de 38,69 km², com 1.006 habitantes, segundo os censos de 1999, com uma densidade 26 hab/km².
e ainda Ambon ou Amboine (Ambon ou Amboina em indonésien) é uma pequena ilha de 775 km² montanhosa e fértil, situada no arquipélago de Moluques na Indonésie.
A principal cidade é Ambon ou Amboine (Kota Ambon em indonésio), capital da provincia das Molucas. O nome AMBON é já utilizado no o sec XIV. Nagarakertagama, um poema épico escrito em 1365 no reino javanais de Majapahit, menciona "Ambwan" entre uma centena de regiões tributárias do reino.

Em 1546 et 1547 Francisco Xavier, co-fundador da ordem dos jesuitas com Ignacio de Loyola, inicia as bases de uma missão em Ambon, e ainda em Morotai e Ternate.
informações extraidas « daqui »

Este conjunto de ligações parece-me muito curioso :

a aldeia está de facto situada em local de eleição na serra , qual ambom ou ambão que ocupa o lugar de destaque na nave da igreja;

Ambom é uma árvore das Indias Orientais, semelhante à mangueira ;

a povoação já existe no séc XII com a designação de Avelans mas atribui-se o complemento a um qualquer povoador medievo, que muito bem poderia ter acompanhado as expedições de Afonso de Albuquerque ou outros às Indias e de lá ter trazido o nome, já que os portugueses se estabeleceram nas Molucas.

São contributos para a história de Avelãs de Ambom. Agradecemos a todos que queiram partilhar outras informações que possam ter disponiveis. (fotos de avelana)


Monday, April 09, 2007

O namoro

Naquela época os serões eram passados em casa da Tia Alice, todos se juntavam lá...
As meninas nem sempre tinham ordem de sair de casa ou por vezes arranjavam pretextos para ficar portas adentro. Os namoros sobreviviam de olhares furtivos na Igreja ou no Areal ou de pequenos incidentes e escapadelas.
A aldeia não tinha luz, nesses tempos e à noite , as ruas eram bem escuras e o silêncio absoluto. Logo que os pais saíam de casa , ela fazia o sinal com a vela ou o candeeiro de petróleo, junto da janela. Ele via e sabia que podia ir até junto do muro. A irmã mais nova ficava de guarda, na janela do outro lado da casa, até ouvir fechar o portão da casa da Tia . Sabia que os pais vinham a caminho, descendo a rua e contornando a esquina , chegando ali num instante. O tempo suficiente para ele desaparecer como tinha chegado e elas se meterem na cama, fingindo dormir.
A mãe dava uma espreitadela ao quarto, antes de se ir deitar, nunca tendo desconfiado de nada.
Ela e ele casaram e tiveram um rancho de filhos, mas os namoros de agora já não são o que eram...

Friday, April 06, 2007

mozart

era quinta feira , dia 5
No TMG havia um Concerto e tinham bilhetes para o espectáculo, à noite.
Foi à tarde à Guarda e de repente a temperatura baixou de tal maneira que a chuva se converteu em granizo e depois em neve - de repente, tudo coberto de neve.
Foram para o espectáculo no Teatro Municipal, a Orquestra excelente e as vozes lindissimas, deixando-os deliciados. Nem tudo na Guarda é inóspito e gélido e vale a pena frequentar o Auditório Municipal pois até ao fim de Julho a programação é excelente. A não perder - desde Carmina Burana ao Festival de Guitarras!
Esqueceram o frio e aproveitaram o calor da noite. Na Guarda , E em Avelãs de Ambom.

Com votos de uma boa Páscoa para todos os que nos visitam.

Monday, April 02, 2007

vida verde

:: ENCONTRO VIDA VERDE ::13 / 14 / 15 ABRIL
www.vidaverde.eco-gaia.net

* AVISO IMPORTANTE *

Vimos por este meio anunciar que o Vida Verde está a precisar de mais voluntários para campos de trabalho no local do encontro na Quinta Cabeça do Mato, de forma a preparar o evento que começa daqui a duas semanas. Apesar de já se ter feito bastantes coisas ainda falta terminar algumas infra-estruturas importantes e outros assuntos relacionados com o evento. Salientamos que este evento ecológico funciona de uma forma totalmente voluntária, para mais informações sobre os objectivos e filosofia do encontro, leia o texto no final.

Assim fazemos um apelo a todos que o possam, para contactarem a eco-comunidade Cabeça do Mato (preferência por telefone), para que a partir deste momento até ao final da próxima semana, possam deslocar-se a Tábua (a norte de Coimbra) para ajudar nas restantes tarefas. Isto é urgente visto que só temos mais alguns dias para preparar o terreno. Há também outras formas em que pode ajudar o Vida Verde, como divulgar o evento (por e-mail e panfletos), ir ao evento propriamente dito, fazer workshops e voluntariado na altura do encontro.


Veja o website para informações completas: www.vidaverde.eco-gaia.net
Veja fotografias da Quinta Cabeça do Mato: http://vidaverde.eco-gaia.net/fotos_cabecadomato.htm
Website da Cabeça do Mato: http://quintacabecadomato.blogspot.com