Saturday, February 24, 2007

Mãe Terra

A Terra é a nossa mãe. Dela recebemos a vida e a capacidade para viver. Zelar por nossa mãe é a nossa responsabilidade e, zelando por ela, zelamos por nós próprias. Todas as mulheres são manifestações da Mãe Terra em forma humana.
Assim diz a Declaração das Mulheres Indígenas em Beijing/China na Conferência da Onu em 1995.
Diante dessa afirmação tão atual, devemos unir mais forças para a construção de uma sociedade sustentável baseada no respeito fundamental pela natureza e pelos direitos humanos, objetivando a evolução da vida e dos seres humanos.Estamos aqui para isso!
Essa é a base para a construção de uma sociedade em que a exclusão social, as intolerâncias, a falta da cultura da paz e injustiças sociais, raciais e econômicas não tenham mais vez, nunca mais!

Quando queremos bem a alguém, ou amamos essa pessoa devemos declarar constantemente esse amor, através de atitudes, olhares, pequenos gestos, responsabilidades a essa pessoa. Se a magoamos constantemente com palavras rudes, violência ou falta de perspectivas futuras, enfraquecemos o ser amado. A auto-estima dele se enfraquece e enfraquecem todos que estão a seu redor. Assim é com o Planeta e com todos os seres viventes dele.
Seres humanos são iguais nos seus princípios de vida, independentes de cor, religião, nacionalidade, etnicidade, gênero, etc. Mas, na realidade as diferenças existem e se reforçam por uma questão de sobrevivência contra sistemas de poder, impostos desde os primórdios da civilização...


Podemos agir de várias maneiras, lembrando sempre que a melhor delas continua sendo a implementação nossa permanente reforma interior, a expansão da consciência... Mas, enquanto ainda estamos no caminho, que tal darmos uma melhorada em nosso dia-a-dia, em nossa maneira de viver, de utilizar as várias formas de energia, tendo o cuidado de escolher com sabedoria os produtos que consumimos, os programas aos quais assistimos, nos tornando em todos os sentidos seres humanos cada vez mais completos, respeitando o meio-ambiente a cada movimento que damos, seja em nossa casa, seja em nosso local de trabalho ou em nossos momentos de lazer.Outra idéia é a de abrir no STUM uma área específica para tratar de defender a Mãe Natureza de tantas agressões, focando o que de bom está acontecendo hoje no mundo em termos de energias renováveis, não poluentes, utilizando amplamente a força dos elementos como a energia solar, eólica (do vento) para gerar energia elétrica e das marés, em seu incessante movimento lunar... Sem nunca esquecermos dos processos orgânicos de produção de alimentos, onde os agrotóxicos são substituídos pela harmoniosa combinação de diversos tipos de plantas cujas características combinadas repelem naturalmente as pragas... uma sabedoria milenar. Agora mesmo podemos começar a deixar neste Blog sugestões, idéias, dicas e insights. Outros poderão ler e comentar por sua vez, ampliando e implementando os conceitos originais. V. poderá também deixar sua opinião quanto a uma abertura maior do STUM para a questão ambiental ou poderá nos enviar neste endereço textos inéditos referentes ao tema para serem selecionados e publicados.

Wednesday, February 21, 2007

A ROMã

A milagrosa romã
Se alguém estiver com a garganta inflamada, cortamos uma romã ao meio e fervemos em meio litro de água. Deixamos esfriar. Depois, tratamos da inflamação com gargarejos, três vezes ao dia. A romã também pode ser usada para prevenção. Tiramos a semente e deixamos a casca secar. Guardamos a casca para fazer um chá em época de gripe. Toda a família vai tomando este chá e ninguém fica com gripe.
AQUI

Wednesday, February 14, 2007

Pégada Ecológica


calcula a tua Pegada Ecológica
Vão aqui e escolham a língua portuguesa no planisfério.
ALI também

Monday, February 12, 2007

HISTÓRIA DO ABORTO

Percentagem calculada sobre votos validamente expressos (brancos e nulos excluídos)
COMPARATIVO: Avelãs de Ambom


Ano 2007 1998
Inscritos 106 114
Votantes 60 56.60% 73 64.04%
Em Branco 2 3.33% 0 0.00%

Nulos 0 0.00% 1 1.37%


2007 1998
Opções Votos % Opções Votos %
Sim 17 29.31 Sim 9 12.50
Não 41 70.69 Não 63 87.50
Percentagem calculada sobre votos validamente expressos (brancos e nulos excluídos)
dados em :http://www.referendo.mj.pt/Freguesia_compare.do
SAIBA MAIS SOBRE A HISTÓRIA DO ABORTO
Ninguém faz um aborto por prazer. É uma decisão dolorosa, mas quase sempre irreversível, porque muito mais dolorosas seriam as consequências de uma gravidez indesejada levada a termo.
Trabalhando em comunidades marginalizadas percebi que quando a mulher não pode ter filho, ela faz o aborto de qualquer forma, usando agulhas de tricô para perfurar o colo do útero, no banheiro de casa, ou com "curiosas" que ajudam das formas mais precárias.
Também as mulheres que têm uma situação mais privilegiada se encontram em situações nas quais não podem levar adiante uma gestação. A diferença é que essas, muitas vezes, têm condições de pagar por serviços que não colocam suas vidas em risco.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, 20 milhões dos 46 milhões de abortos realizados mundialmente, todos os anos, são feitos de forma ilegal e em péssimas condições, resultando na morte de, aproximadamente, 80 mil mulheres, por ano, vítimas de infecções, hemorragias, danos uterinos e efeitos tóxicos de agentes usados para induzir o aborto.
Quando grupos apresentam-se "pró-vida", não estão considerando a enorme quantidade de mulheres que morre todos os anos. A criminalização do aborto é cruel, porquê não muda a situação em que essas mulheres vivem, apenas as culpabiliza ainda mais e as faz correr risco de vida, especialmente as mulheres pobres.
É importante aprender com a história, para entender o que se passa hoje. "Verdades" que parecem absolutas vêem sendo alteradas com o passar do tempo, mudando conforme mudam as conjunturas políticas e económicas. Tendo sempre como principal vítima, a mulher.

O Aborto na História.
A decisão de interromper a gravidez não é coisa de mulheres modernas, sobrecarregadas com as obrigações da maternidade, trabalho e estudos. Aparentemente, desde que o mundo é mundo, as mulheres se vêem em situações em que não desejam - ou não podem - levar uma gestação à frente. Já entre 2737 e 2696 a.C., o imperador chinês Shen Nung cita, em texto médico, a receita de um abortífero oral, provavelmente contendo mercúrio.(1)
Também não é novidade que interesses políticos, económicos e religiosos têm prevalecido, em relação ao direito da mulher decidir sobre o próprio corpo. Da mesma forma que se quer proibir, hoje, já se quis obrigar o aborto em diversos momentos da história.
Na antiga Grécia, o aborto era preconizado por Aristóteles como método eficaz para limitar os nascimentos e manter estáveis as populações das cidades gregas. Por sua vez, Platão opinava que o aborto deveria ser obrigatório, por motivos eugênicos, para as mulheres com mais de 40 anos e para preservar a pureza da raça dos guerreiros.
Sócrates aconselhava às parteiras, por sinal profissão de sua mãe, que facilitassem o aborto às mulheres que assim o desejassem (1)
No livro História das Mulheres - A Antiguidade, Georges Duby e Michelle Perrot afirmam que "se as mulheres desejavam limitar os partos, tinham de recorrer aos abortivos, cujas receitas são muito abundantes (...) O primeiro risco era, portanto, o da ferida de um útero ainda imaturo devido à juventude das esposas romanas; nesse caso os médicos recomendavam mesmo o aborto, inclusive por meios cirúrgicos (sondas)".(5)
É importante lembrar que, mesmo nas sociedades em que o aborto não era tolerado, na antiguidade, não se via aí como o direito do feto, mas como garantia de "propriedade do pai" sobre um potencial herdeiro.(2)
Mesmo no Cristianismo, o aborto não foi, sempre, uma questão tratada como nos dias de hoje, São Tomás de Aquino, com sua tese da animação tardia do feto, contribuiu para que a posição da Igreja com relação à questão fosse bem mais benevolente, naquela época. (1)
Foi apenas em 1869 que a Igreja Católica declarou que a alma era parte do feto desde a sua concepção, transformando o aborto em crime. (3)
No século XIX, a prática de proibição do aborto passou a expandir-se com toda força, por razões económicas, já que a sua prática nas classes populares podia representar uma diminuição na oferta de mão-de-obra, fundamental para garantir a continuidade da revolução industrial.
Essa política anti-aborto continuou forte na primeira metade do século XX, com excepção da União Soviética onde, com a Revolução de 1917, o aborto deixou de ser considerado um crime. Mas, na maioria dos países europeus, por causa das baixas sofridas na Primeira Guerra Mundial, o aborto continuava não sendo tolerado.
Na verdade, com a ascensão do nazifacismo, as leis antiabortivas tornaram-se severíssimas nos países em que ele se instalou, com o lema de se criarem "filhos para a pátria". O aborto passou a ser punido com a pena de morte, tornando-se crime contra a nação, a exemplo do que ocorreu em certo momento no Império Romano.
Após a Segunda Guerra Mundial, as leis continuaram bastante restritivas até a década de 60, com excepção dos países socialistas, dos países escandinavos e do Japão (país que apresenta lei favorável ao aborto desde 1948, ainda na época da ocupação americana) (1)
Na década de 60, em muitos países, as mulheres passaram a se organizar em grupos feministas que começaram a exercer uma pressão no sentido de permitir à mulher a decisão de continuar ou não uma gravidez.
A primeira conquista histórica aconteceu nos Estados Unidos, há exactos 34 anos (por isso a blogagem do Naral, hoje, em celebração à data). O julgamento do caso Roe x Wade (ROE v. WADE, 410 U.S. 113 [1973]) pela Suprema Corte Americana que determinou que leis contra o aborto violam um direito constitucional à privacidade, que a interrupção da gestação no primeiro trimestre apresenta poucos riscos à saúde materna e que a palavra 'pessoa' no texto constitucional não se refere ao 'não nascido'. Essas decisões liberaram a prática do aborto na América. (4)
Hoje em dia, 26% dos países não permite o aborto legal, justamente os que têm maior número de mulheres pobres e marginalizadas. No Brasil, existem leis que garantem o direito ao aborto em casos especiais, mas sabemos que o processo é tão longo que, muitas vezes, as mulheres desistem de esperar e acabam recorrendo ao aborto clandestino.
No gráfico abaixo, podemos ter uma ideia da situação legal do aborto no mundo, actualmente:

Fonte: Center for Reproductive Rights

Percebam que os países do Norte, a maioria mais industrializados, têm uma legislação muito menos restritiva e nem por isso existiu nenhum aumento no número de abortos nesses países.
O movimento feminista brasileiro tem se organizado para garantir o direito das mulheres ao aborto legal há décadas, especialmente através da Rede Feminista de Saúde e Direitos Reprodutivos, que tem tido as suas ações potencializadas pelas Jornadas Brasileiras pelo Direito ao Aborto Legal e Seguro.
Para isso, entre muitas outras coisas, precisamos ainda, sim, e muito, do movimento feminista, que não é anacrónico, como ouvimos algumas vezes, mas que está actuando junto às questões vitais para as mulheres.
É preciso acabar com a hipocrisia. Mulheres estão morrendo e a única forma de acabar com isso é através da descriminalização do aborto, que apenas possibilita Às mulheres o acesso aos cuidados de saúde que elas merecem e necessitam. Isso é lutar pela vida. http://www.sindromedeestocolmo.com/archives/corpo-saude

Friday, February 09, 2007

ECO-CONSTRUÇÃO

CURSO DE ECO-CONSTRUÇÃO:

DATA: de Sábado 9 de Fev. 2007 a Sexta-feira 16 Fev. 2007

Nós, na Quinta Cabeça do Mato, estamos muito gratos pela oportunidade de aprender diferentes técnicas de construção ecológica com Tony Wrench. Como parte importante da nossa visão comunitária vamos criar um espaço ecológico no qual existirá uma construção redonda para uso posterior da comunidade (workshops/seminários/encontros), totalmente construído com materiais 100% naturais e reciclados.

Este projecto está dividido em 3 partes:

Parte A – Estrutura de madeira + telhado recíproco
Parte B – Telhado vivo
Parte C – Paredes de madeira e lama

Neste curso de eco construção vamos iniciar a Parte A – Estrutura de madeira + Telhado recíproco – design, planeamento e construção! Nós queremos atrair pessoas interessadas em aprender esta forma de construção. Para participar nesta parte do projecto é necessário que estejas e que te sintas em boa forma física!

A Quinta Cabeça do Mato providencia a todos os participantes do curso 3 refeições básicas vegetarianas e biológicas por dia e dormida em yurts partilhados. Só existem 10 vagas para este curso!

Custo: 150 ROOTS / Pessoa (desconto para desempregados / estudantes / pessoas da freguesia). Desconto para pessoas locais que não precisem de alojamento. Ver website para mais detalhes sobre os preços.

Por favor visita o site do Tony Wrench e vê as fotografias de alguns dos cursos que ele realizou - http://www.thatroundhouse.info/courses.htm


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Para marcações e mais informações entra em contacto através do nosso email por favor:

quintacabecadomato@gmail.com
http://quintacabecadomato.blogspot.com

Fonte e para mais info:
http://quintacabecadomato.blogspot.com/2006/12/eco-building-course-curso-de-eco.html

Friday, February 02, 2007

amor é...


Foi até ao Chão da Lage, sentou-se numa pedra, perto das amendoeiras. O sol estava ainda quente , das videiras pendiam grossos cachos de uvas já maduras e amou a beleza daquele local, a força das árvores em redor, os penhascos de granito que um pouco mais à frente se avistavam.
Lembrou-se de Amândio naquele último Natal que passaram juntos. Viu-o no fim do ano, frente à lareira, na tranquilidade dos seus 95 anos, a ler um livro que tinha de terminar nessa noite e recordou-o nessa forma de Amor que fora toda a sua vida. Amor pela Terra que lhe dava o pão e o sustento para a família , amor pelos sete filhos que sua mulher lhe dera, amor pela natureza e pelos animais que o ajudavam na lavoura e que trazia aconchegados na loja , por baixo da casa, que os tempos eram difíceis , então. Tempos de guerra e de racionamento, as senhas do pão nunca chegavam para todos na aldeia e num acto de amor , era ele que ficava sem elas; tempos de denúncia e repressão em que recebiam instruções lá do governo de Lisboa para apontarem todos os que não fossem votar nas eleições no tempo em que não havia jornais nem rádio nem tv nem luz eléctrica e o partido era um só e Amândio , num gesto de amor preenchia os boletins e os cadernos eleitorais e votava por todos eles…
um extracto deste texto foi publicado no Livro " O QUE É O AMOR?" e dedicado a um dos filhos de Amândio, que hoje faz anos.